Problemas e solucoes
Os sutiãs são peças íntimas usadas por mulheres de todas as idades. Eles ajudam a proteger os seios e valorizam o volume de vários tamanhos. Existem registros de versões primitivas que remontam a mais de 2 mil anos, como mosaicos romanos mostrando mulheres com faixas de pano sobre os seios. Oficialmente, porém, a versão moderna do sutiã surgiu em 1914, quando foi patenteado por uma socialite norte-americana.
De lá pra cá, o sutiã ganhou status de peça indispensável para as mulheres. Entre os anos 1930 e 1940, surgiram os primeiros modelos com bojos e enchimentos. Nos anos 1960 eles foram queimados em praça pública, como um símbolo da opressão que as mulheres sofriam – além disso, passaram boa parte da década seguinte esquecidos, enquanto o mundo vivia uma fase de liberação sexual. Assim, o estudo do comportamento de compra de lingerie pelas mulheres não pode ser separado dos estudos sobre feminismo, indústria cultural e história.
A lingerie acompanhou a evolução do vestuário, a moda e as mudanças de comportamento, mas seu uso também servia para diferenciação social, podendo ser um acessório da nobreza ou caracterizando a classe trabalhadora. A partir dos anos 1920, a lingerie passou a ter outras cores além do branco. Atualmente, a lingerie não é vista somente como um produto a ser consumido, mas como um símbolo de moda, representação social, identidade, isto é, traz no seu bojo questionamentos, conquistas e transformações comportamentais das mulheres.
As percepções e atitudes em relação à lingerie são hoje diferentes na cultura de consumo, e o significado da lingerie sofreu um processo de ressignificação no século XXI. A ditadura estética da moda pode ser analisada como marca cultural da atualidade e, a moda surge como um universo de significações compartilhadas como meio de expressão de subjetividade ou de identificação de grupos ou de comunicação entre indivíduos e coletividades, a partir de mensagens que são codificadas