Principios Da PCR
BSc. Daniel Perez Vieira
(Protozoologia-IMTSP/ Laboratório de Biologia Molecular-IPEN)
Aula 1 - PCR: Princípios e tipos de Reação
Breve Histórico
Desenvolvida por Saiki, et al. (1985) e principalmente por Mullis, et al. (1987).
Kary Mullis, que percebeu que possuía uma importante ferramenta em mãos, tentou publicar seus experimentos nas duas revistas científicas mais importantes do mundo, a Science, americana, que prontamente lhe negou a publicação, e a
Nature, britânica, que procedeu da mesma forma. Mullis, resignado, conseguiu publicar então seu artigo sobre amplificação do gene da β-globina humana na
Methods in Enzymology, de impacto infinitamente menor.
Apesar dos fracassos iniciais, a Perkin-Elmer Cetus, uma reconhecida empresa de insumos para pesquisa comprou-lhe a patente, o que lhe rendeu bons lucros, não antes de ser agraciado com o prêmio Nobel de Química em 1993.
Hoje a Perkin-Elmer repassou os direitos à Roche Molecular Systems (valor da compra: US$ 300.000.000,00), que possui todas as patentes envolvidas no processo de PCR, inclusive as relacionadas aos termocicladores convencionais.
Porém, a tecnologia tornou-se tão difundida que o custo de pagamento da patente tornou-se acessível às suas concorrentes, e a variedade de reagentes e aparelhos atualmente no mercado é grande.
www.etall.hpg.com.br
1
Fig. 1: Kary Mullis, inventor da PCR, em foto de 1994 ( Nobel
Academy)
Na verdade, Saiki já havia descrito a técnica, mas Mullis inovou: Conseguiu especificidade na cópia de apenas segmentos específicos, introduzindo o conceito de primer de PCR, e na utilização de uma DNA polimerase termoestável. Até então, a precursora da PCR demandava grandes quantidades de enzima, adicionadas a cada ciclo de amplificação. Além disso, desenvolveu-se vários equipamentos para a automatização da adição da enzima após cada ciclo, todos de custo elevadíssimo (os primeiros “termocicladores”). Mullis utilizou a então
recém