Principe maquiavel
Para a preservação dos Estados hereditários onde as dificuldades são menores, visto que já estão habituados a linguagem de um príncipe, é necessário que se possua um príncipe dotado de extraordinária capacidade, assim sempre estará no poder e mesmo que uma força o destitua este volta a conquistá-lo.
Nos principados novos residem as dificuldades. Estados conquistados ou anexos a um Estado antigo, ou pertencem a mesma província, ou a mesma língua, ou não pertencem a ele. Quando pertencem é fácil mantê-lo, quando não o pertencem surgem dificuldades e é preciso que haja boa sorte e habilidade para mantê-los. É necessário que se instale colônias em um ou em dois pontos.
Regra geral que nunca ou raramente falha: "quem é causa do poderio de alguém se arruina, porque este poder resulta ou da astúcia ou da força e ambas são suspeitas para aquele que se torna poderoso".
Os principados que se conservam memória eram governados de duas formas, ou por um príncipe ou por um príncipe e por barões. Os barões possuíam Estados e súditos próprios que os reconheciam por senhores e dedicavam afeição. Os principados que eram governados por um príncipe e servos, o tinham como maior autoridade, pois em toda sua província apenas ele era reconhecido como chefe e seus súditos caso dedicassem obedecer a outro, era feito devido sua posição e não por amor.
Os Estados conquistados já se encontram habituados a viver com suas próprias leis e em liberdade, então há três formas de conservá-los. Primeiramente pode-se arruina-los, segundo ir habitá-los, terceiro deixá-los viver com suas leis, arrecadando tributos e criando um governos de poucos para que se tornem amigos. Preservar uma cidade acostumada a viver livre só é possível conservá-la por intermédio de seus cidadãos.
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