Primeiros anos da America
J.Hector St.Jean De Crèvecouer – Letters from a American Farmer, Carta III, 1782.
Não foram os Altos Princípios dos dissidentes religiosos ingleses mais intransigentes, nem a ânsia por liberdade que por primeiro lançou as bases do sucesso econômico das colônias britânicas na América do Norte. Ao contrário, foi o vício e a servidão. As diversas experiências que haviam sido feitas por empresas colonizadoras desde 1606 – a The London and the Plymouth companies - , de povoar e cultivar as terras do outro lado do Atlântico haviam fracassado, esmagadas pelo abandono, pela solidão e pelas agruras do clima.
Somente com a crescente difusão do hábito do fumo, costume adotado dos índios norte-americanos e espalhado na metrópole, particularmente na corte da rainha Isabel I, pelo aventureiro Sir Walter Raleight (*), é que a ocupação do território da Virgínia tornou-se atraente e a produção do tabaco extremamente rentável.
E para produzi-lo, para cultivá-lo naquela longínqua colônia, foi preciso socorrer-se do trabalho dos identured servants, os servos contratados. Estes, em geral, eram rapazes e moças das famílias pobres da Inglaterra, quando não ex-convictos ou condenados às galés que aceitavam abdicar de qualquer liberdade pessoal por um bom período (de 5 a 8 anos), para submeterem-se ao duro trabalho e as condições hostis que os aguardavam nas colônias de Virgínia e das duas Carolinas, a do Norte e a do Sul.
Encerrado o período da servidão voluntária, muitos deles tornavam-se arrendatários ou meeiros de outros proprietários de terra, podendo desse modo dar impulso a busca de uma emancipação pessoal efetiva. Todavia esse cenário social alterou-se gradativamente.
A colonização inglesa da América do Norte, que somente tomou grande impulso no transcorrer do século