Primeiro voto mundial
Em meados do século XIX, as mulheres estadunidenses engajadas nos movimentos pela libertação dos escravos já estavam conscientizadas sobre sua situação política marginalizada. Contudo, foi na Nova Zelândia em 19 de setembro de 1893 que o voto feminino ganhou âmbito nacional, por meio da voz ativa de Kate Sheppard, importante líder política na época, membro-fundadora da Woman’s Christian Temperation Union, uma instituição que lutava, desde 1885, por leis que garantissem o bem-estar das mulheres e crianças de seu país. O trabalho da associação foi importante para Kate conseguir o apoio das mulheres neozelandesas e o estimular o sentimento de luta pelos direitos de igualdade. Mas a conquista de Kate veio depois de muita persistência. O direito ao voto para todas as mulheres só foi aceito após 5 petições. Na verdade, o abaixo-assinado que garantiu a vitória apresentava a assinatura de 1/3 da população feminina da Nova Zelândia.
Igualdade Política A nossa cultura ainda é marcada por preconceitos contra a mulher em todos os sentidos, ainda vemos muitas pessoas acreditarem na fábula do capitalismo que as mulheres, por força da natureza, são inferiores aos homens por conta da sua função procriadora. Nós mulheres aprendemos desde pequenas a costurar, copiar receitas de bolo, observar a nossa mãe trocar o bebê, para desenvolvermos o instinto materno, enquanto que os homens são treinados para a participação na política e no desenvolvimento econômico do país, justificando assim, a desigualdade de gênero e a degradante e desagradável posição que as mulheres ocupam na sociedade. Nascemos ouvindo as histórias de que lugar de mulher é em casa, lavando roupa, fazendo comida, cuidando das crianças, ou ainda, que a mulher veio ao mundo por que o homem precisava de uma companheira e que essa teria sido retirada da costela de Adão. Demos um salto considerável, tanto na conquista do voto como na questão da mulher ter o direito em se candidatar. Muito pouco