primeiro livro de Enoque
O Livro de Enoque conhecido pela sua versão em etíope e mais tarde as traduções gregas de alguns capítulos, teria sido escrito por Enoque, ancestral de Noé, contendo profecias e revelações. A Epístola de Judas cita um trecho desta obra.
Em Qumram, (Cavernas nas margens do Mar Morto, onde foram encontrados os manuscritos famosos ), foram encontrados na Gruta 4, sete importantes cópias que foram atestadas pela versão Etíope. Estas cópias embora não idênticas na totalidade, foram encontradas em conjunto com cópias do Livro dos Gigantes referenciadas no capítulo IV do Livro de Enoch.
As cópias de Qumram fazem parte da herança deixada pela comunidade Nazarita do Mar Morto, em Engedi.
O Livro de Enoque também é chamado de Primeiro Livro de Enoque. Existem outros dois livros chamados de Segundo Livro de Enoque e Terceiro Livro de Enoque, considerados de menor importância.
Composição
A composição dos primeiros capítulos aconteceu a partir do terceiro século antes de Cristo, inclui materiais retirados dos cinco livros de Moisés
Data dos manuscritos
Acredita-se que os documentos de Qumram foram datados entre 200aC e o fim do primeiro século da era cristã.
Comparação das versões Qumram e Etiope
Existem diferenças notórias, embora que parciais, na estrutura das versões do Livro de Enoque. A parte astrológica é muito mais desenvolvida na versão etíope que na versão de Qumram. Por outro lado a secção do Livro das Parábolas dá mais ênfase a sua especulação a respeito do Filho do Homem na versão do Qumram do que na versão etíope. Existem outras inúmeras divergências estilísticas, colocadas provavelmente pelos diferentes tradutores que trabalharam as obras na altura.
Canonicidade do livro
O livro foi excluído do cânon da Bíblia judaica, e também da Septuaginta, existem várias referências possíveis no Novo Testamento ao livro de Enoque, entretanto, nenhuma referência é tão evidente como na Epístola de Judas (v.4.6.14).