Primeiro animal com informaçao genetica artificial
Uma equipa de investigação da Universidade de Cambridge (Reino Unido) criou o que alega ser o primeiro animal com informação artificial no seu código genético, segundo a BBC (11 de agosto de 2011). A técnica desenvolvida poderá dar aos biólogos a possibilidade de controlar os átomos das moléculas em organismos vivos. A pesquisa foi realizada com vermes nematoides, da espécie Caenorhabditis elegans. O animal tem um milímetro de comprimento e apenas mil células formando seu corpo transparente.
Os cientistas Jason Chin e Sebastian Greiss fizeram um trabalho de reengenharia da máquina biológica do verme para incluir um 21º aminoácido, não encontrado na natureza. Segundo explicam no estudo, a técnica tem um potencial transformador, pois proteínas poderão ser criadas sob o controlo total dos investigadores e o novo método poderá ser aplicado em uma ampla variedade de animais.
A proteína artificial que é produzida em cada célula do minúsculo corpo do verme contém um corante fluorescente que brilha em uma cor de cereja quando colocada sob a luz ultravioleta. Se o truque genético tivesse fracassado, não haveria o brilho. O estudo foi publicado no Journal of the American Chemical Society.
Qualquer aminoácido artificial poderia ser escolhido para produzir novas propriedades específicas, e a equipa sugere que esta abordagem pode agora ser usada para introduzir em organismos proteínas criadas que podem ser controladas pela luz.
De acordo com os pesquisadores o próximo passo será realizar um estudo detalhado de células neurais no cérebro do nematoide, com o objetivo de ativar ou desativar neurônios isolados de forma precisa e com minúsculos flashes de