Primeira guerra mundial
A ideia era proteger-se de qualquer ameaça externa, fosse ela a volúpia expansionista de alguns ou a sede de vingança de outros. De qualquer forma, foram esses conchavos que acabaram atraindo, por força dos acordos, mais e mais países para a guerra. Depois de alcançar a tão sonhada união dos estados germânicos e trucidar a França na última grande batalha do século passado, Otto Von Bismarck sabia que apenas conseguiria manter a estabilidade da Alemanha caso selasse coligações que protegessem seu país de invasores.
Como era quase certo que a França se voltaria contra os germânicos na primeira oportunidade, especialmente para recuperar a Alsácia e Lorena, Bismarck esquematizou, em 1873, a Liga dos Três Impérios, com os russos e os austro-húngaros. Cinco anos depois, a Rússia desistiu do acordo; Alemanha e Império Austro-Húngaro seguiram adiante e fecharam a Aliança Dupla, em 1879. A entrada da Itália no grupo, em 1881, criou a Tríplice Aliança. Entretanto, a Itália também assinara um pacto por baixo dos panos com a França, comprometendo-se a ficar neutra em caso de ataque alemão ao território francês. Tendo passado para o lado da Tríplice Entente, um tempo depois.
Em 1892, a Convenção Militar Franco-Russa oficializou a aliança entre os dois. A aliança com a Grã-Bretanha, ocorreu em 1904, com a Entente Cordial, na qual, além de acertar velhas pendências coloniais, gauleses e britânicos comprometiam-se a operar em conjunto no campo diplomático (a colaboração militar só foi corroborada há dois anos, em 1912, pela Convenção Naval Anglo-Francesa). Assim, quando a Rússia, três anos mais tarde, assinou a Entente Anglo-Russa, todos os três países estavam interligados. Estava formada, então, a Tríplice Entente.
Mas, ironicamente, o que trouxe as potências para a guerra foram alianças menores. Um tratado de cooperação e defesa ligava a Rússia à Sérvia, foi justamente a declaração de ataque austro-húngaro aos sérvios, em retaliação ao