Primavera arabe
André Rocha Szpak
Camila Muniz de Souza
Heloíse Munaretto
Karin Anne Schwertz
Paloma Vanin
Sílvia Patrícia Correa
INTRODUÇÃO
A chamada Primavera Árabe é o início de um movimento que vem transformando a realidade política de alguns países antes vistos como submersos em uma ditadura sem fim. A onda de protestos se espalha pelo Oriente Médio e norte da África, derrubando ditadores. Tudo começou quando, em dezembro de 2010, um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. O ato desesperado do jovem, que terminou com a própria morte, foi o início do que viria a se chamar Primavera Árabe[1].
Os protestos que se espalharam primeiramente na Tunísia, levaram o presidente Bem Ali a fugir após 25 anos no poder. Inspirados na “liberdade” conquistada pela Tunísia, o Egito, a Líbia, o Iêmen e a Síria também foram às ruas. O foco deste trabalho é a Líbia, país que possui grandes reservas de petróleo, clima quente e seco onde o cultivo só é possível na faixa costeira[2].
LÍBIA
A Líbia conseguiu sua independência em 1951, até então era dominada pela França e pelo Reino Unido. Em 1969, Muammar Kadafi lidera um golpe que depõe a monarquia e implanta uma ditadura militar, apoiado no islamismo e em um discurso nacionalista árabe de integração regional. O Estado liderado por Kadafi nacionaliza boa parte das atividades econômicas do país, incluindo a extração de petróleo e, a partir disso, propõe um Estado sem partidos políticos, tomando por si só as decisões e exterminando seus opositores[3].
Inconformados com as quatro décadas de regime autoritário, com a grande desigualdade socioeconômica e empurrados pela Primavera Árabe, os protestos contra a mais antiga ditadura do mundo árabe evoluíram para uma guerra civil com disputa armada pelo controle dos territórios e foi marcado por avanços e recuos de forçar rebeldes e governistas sobre