Preços e índices
Atividade 2 – Preços e índices
Belo Horizonte, 29 de Outubro de 2013
Alterações de preços do arroz e feijão - comentários:
- De 64 produtos agrícolas, 41 tiveram uma queda na produção no Brasil em 2012 em relação ao ano anterior. A consequência: preço mais alto.
- A dupla arroz e feijão, que compõe a base da alimentação brasileira, sofreu por conta de secas no Sul e no Nordeste do país. A estiagem fez a produção de arroz cair 14,3% e a de feijão, 18,6% no ano passado. Com isso, o arroz ficou 24,3% mais caro e o feijão subiu 48,4%.
Em 2012, deixaram de ser cultivados mais de 400 mil hectares de arroz no Brasil, sendo 127 mil só no Rio Grande do Sul. A situação foi ainda mais grave no caso do feijão: a área plantada caiu 725 mil hectares; além disso, foram perdidos 473 mil hectares, principalmente em Pernambuco e Bahia.
- Tanto o arroz quanto o feijão, desde 2008, tiveram um aumento de bem mais que a média do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 33,3% no período.
- Até 2008, o arroz e o feijão estavam com os preços estagnados, com estoques muito maiores do que a demanda. O que aconteceu foi uma disparada no preço dos dois produtos para que se equiparassem ao preço mundial dos alimentos.
- Com os preços praticamente congelados até 2008, os produtores das duas culturas preferiram migrar para a soja e milho. A retração da área plantada das duas culturas reduziu a oferta dos grãos.
- O antigo produtor de feijão, arroz e trigo já estava desmotivado com estas culturas, que sofreram muito com problemas climáticos nos anos anteriores, e seguiu com a soja e milho.
- O reflexo dessa migração se deu no varejo, com aumento do preço nas prateleiras para o consumidor final. Se há cinco anos o pacote de cinco quilos do arroz custava R$ 7, hoje não sai por menos de R$ 10. O quilo do feijão saltou de R$ 2,50 para R$ 4, em média, entre 2008 e o fim de 2012.
OBS: As informações referem-se