Prevenção de acidentes na infância
ACIDENTES NA INFÂNCIA
Dra. Máira De Carli
“Os acidentes nunca são acidentais”
OMS, 1961
A OMS define o acidente como um acontecimento não esperado, cujo resultado é um dano corporal identificável. Acidentes: causa de perturbação do bem-estar do indivíduo, podendo gerar incapacitação temporária ou mesmo permanente, com prejuízo no rendimento escolar e, mais tarde, nas atividades profissionais.
Os acidentes não ocorrem casualmente, mas sim devido a um conjunto de fatores ligados à vítima, em geral criança, ao agente causador e ao ambiente inseguro.
Maus tratos infantis → abuso sexual, emocional, físico, negligência → grande parte ocorre dentro dos próprios lares, sendo os pais biológicos, familiares próximos ou amigos da casa os verdadeiros agressores.
Os primeiros locais onde as crianças podem sinalizar a vitimização que vêm sofrendo são as unidades de saúde, creches e escolas.
OMS, 1972: as lesões acidentais são uma das cinco principais causas de morte, nos vários grupos etários, nos países em desenvolvimento.
No Brasil os principais acidentes foram as quedas, ferimentos por agentes cortantes, queimaduras e choques elétricos, em ambiente doméstico, bem como os acidentes de trânsito.
DESENVOLVIMENTO E RISCOS
A criança é um ser imaturo, inquieto, curioso e repleto de energia, incapaz de avaliar ou prever as conseqüências de suas atitudes.
É um ser em crescimento, desenvolvendo-se e que, a todo momento, está modificando sua relações com o meio ambiente.
Recém-nascido: inteiramente dependente do adulto, portanto, completamente indefeso.
Situações de risco: asfixia (sufocação e engasgo por leite, talco) e problemas decorrentes do banho realizado de modo inadequado (queimadura e afogamento). DESENVOLVIMENTO E RISCOS
Primeiro e segundo semestres de vida:
Lactente reage ao que vê e tem capacidade motora limitada; está completamente sujeito a riscos provocados por terceiros: quedas, queimaduras