Prevençao a vida
O ruído produz efeitos auditivos e extra-auditivos. Os efeitos auditivos interferem na segurança pessoal e na participação social do indivíduo, prejudicando o processo de comunicação. O ruído acarreta danos a um órgão que desempenha papéis vitais do ser humano, aquele que lhe permite perceber e interpretar os sons. GERGES (1992) afirma que a orelha é um sistema sensível, delicado, complexo e discriminativo. É necessário que sejam internalizados os tópicos citados por RUSSO (1997) para a conservação da audição a fim de que a pessoa mantenha a integridade auditiva e não seja privada de seu relacionamento com o mundo sonoro. Os efeitos extra-auditivos são vários; muitas vezes eles são relacionados dos com outras causas, o que impede que o indivíduo perceba que, durante a jornada de trabalho, ele está se expondo ao ruído e que esse estímulo por via auditiva , antes de chegar ao córtex cerebral, passa pelas funções vegetativas, trazendo consequências à saúde geral. Na pesquisa de ANDRADE et al. (1998), os efeitos mais citados foram ansiedade (55%), perda da atenção (37%), dor de cabeça (36,5%) e insônia (28,7%), apesar de a literatura a fazer referência a várias outras alterações. É comum constatar que a perda auditiva, quando investigada, não é causada no ambiente de trabalho e sim por outros fatores causais e agravantes. Por isso, devemos ter cuidado na hora de diagnosticar a perda auditiva pelo ruído ocupacional. Por ser uma redução na sensibilidade auditiva, decorrente da exposição sistemática a níveis de pressão sonora elevados, ela é perfeitamente prevenível se for instalado um sistema preventivo adequado dentro das empresas com ruídos danosos. Para chegar-se ao