Prevalência de idosos frágeis em uma comunidade carente de salvador
O Brasil, assim como os outros países da América Latina, está passando por uma transição demográfica3,16. Desde a década de 60, com a queda da taxa de fecundidade, o país apresenta um crescente populacional de idosos sendo estimado que entre 2000 e 2025 a população idosa sofra um salto de 5,1% para 14,2% em todo o país3. Em 2020 a população de idosos será de 16,2 milhões de pessoas como expectativa de vida de 75,5 anos de modo que este crescimento se da de maneira tão rápida que em 2025 o Brasil será o 6º país em numero absoluto de indivíduos com 60 anos ou mais3.
O envelhecimento populacional brasileiro teve inicio na década de 60 e não se deve apenas a queda nas taxas de fecundidade3,16 como/mas também pela implementação de políticas urbanas de saúde pública e a ampliação da atenção médica que são de grande valia para esta modificação demográfica3. O aumento da expectativa de vida trouxe consigo uma onda de enfermidades crônicas degenerativas3,13,15,19 e um crescimento importante na incidência de patologias cardíacas, pulmonares crônicas, diabetes mellitus e câncer dispendendo grande atenção dos serviços de saúde publica 15. Esta população idosa representa grandes gastos para o sistema de saúde 3, 20 sendo notificado que em março de 1997 as internações geriátricas consumiram 21% dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) 3.
Por todas as suas particularidades apenas a idade é insuficiente para classificação de um grupo tão abrangente12,13. A classificação do idoso de acordo com o risco de agravos a saúde tem melhor valor preditivo8,12,13,15, podendo-se reunir esta população em dois subgrupos, idosos hígidos e os idosos frágeis 3,12. A fragilidade se apresenta por uma diminuição da capacidade adaptativa a eventos estressantes, perda gradativa das reservas biológicas e deterioração acumulada de vários sistemas, que tornam o idoso susceptível a desenvolvimento de doenças e incapacidades3,13,12,19. A identificação do idoso frágil