pressuposto
1. APRESENTAÇÃO
Todas nossas ações, palavras e pensamentos se apoiam em pressupostos, ou seja, em convicções ou certezas internas, frequentemente inconscientes. Por exemplo, o simples ato de pegar um objeto envolve uma suposição acerca de seu peso e do esforço necessário para sustentá-lo. Com isso, podemos agir de modo bem mais prático do que se tivéssemos que pesar previamente cada coisa a ser manuseada. Mesmo sabendo que, às vezes, ela nos engana e cai.
No terreno das atitudes e relações humanas, também existem pressupostos. Por exemplo, ao pedirmos uma informação a uma pessoa na rua, supomos que ela vai entender a pergunta, desejar respondê-la e conhecer a resposta. Obviamente, a ninguém ocorrerá pesquisar estas possibilidades ao invés de perguntar diretamente.
Por tanto, um pressuposto é um simplificador necessário e inevitável, facilitando e automatizando muitos de nossos atos.
Ao longo de nossa história de vida, muitas e muitas dessas “verdades pessoais” vão se acumulando, não apenas baseadas em nossa experiência individual, mas também através de condicionamentos familiares e culturais.
Neste processo, componentes emocionais superpõem-se a outros de natureza racional e experimental, convicções originalmente simples e objetivas estruturam-se e se modificam, ocultando-se no inconsciente e tornando-se mais e mais complexas, até formarem uma intrincada teia indissociável de nossa própria personalidade, originando e condicionando grande parte de nossas atitudes e valores.
Não há nada de errado com os pressupostos. Ninguém, em princípio, vive sem eles. Curiosamente, no entanto, em nossa cultura, a existência destes postulados costuma ser ignorada, levando-nos a supor que nossos atos e pensamentos derivam predominantemente de uma lógica isenta e de dados objetivos, sem influências subjetivas formadas a priori.
No processo da evolução individual, podemos postular (eis um pressuposto!) que uma das