pressao arterial
Os preconceitos estabelecidos a partir do padrão corporal em relação aos obesos dispensam qualquer explicação de sua situação atual ou pregressa, pois, aparentemente, o seu caso é facilmente entendido por três possibilidades: as disfunções hormonais; o excesso de ingesta de alimentos ou a falta de realização de atividades físicas.
No primeiro caso, a obesidade pode ser considerada uma doença, uma vez que o mau funcionamento de algumas glândulas, como a tireóde, pode reduzir o metabolismo humano, que é a corrente cada vez maior, de pesquisadores que apresentam a teoria da herança genética para a obesidade. Hirsh e Leibel, citados em Kleinubing (1999), apontam que cinco genes têm sido identificados como possíveis causadores da obesidade. Um destes recebe uma denominação especial, é reconhecida como “ob” e codifica a produção de uma enzima denominada de leptina4. Esta proteína, após codificação, leva informações para o sistema nervoso central refletindo nos perfis de depósitos de gordura corporal. Para a manutenção do ciclo menstrual regular são necessários níveis mínimos desta proteína, estando esta ainda relacionada com amenorreia de mulheres atletas.
Na segunda e na terceira situações, normalmente relaciona-se o excesso de gordura e de peso á falta de força de vontade, ao egoísmo e a preguiça. Nessa situação, ele normalmente tem que procurar compensar a sua falta de jeito, cumprindo papéis como ser engraçado ou forte, de acordo com a situação.
Todavia, torna-se intrigante o fato de que, independentemente da “causa de obesidade” , esse estado é sempre considerado uma doença, e de acordo com informações de Bankoff (2000), 95% dos obesos o são por obesidade exógena, ou seja, por balanço calórico positivo, no qual a ingestão de alimentos é maior do que o gasto energético diário. Os 5% restantes são considerados obesos endógenos, sendo o excesso de peso relacionado a problemas hormonais.
A transição demográfica, marcada principalmente pela queda da