Presença e Memória
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PRESENÇA E MEMÓRIA:
UMA ANÁLISE SOBRE AS QUESTÕES DA
CORPOREIDADE E DA TEMPORALIDADE NO DASEIN
LINHA DE PESQUISA: PROBLEMAS DA FENOMENOLOGIA E HERMENÊUTICA
ANA CAROLINA SAMPAIO DE MIRANDA
2013
INTRODUÇÃO
Sendo a corporeidade um modo de ser, uma presença – Dasein – concordamos que ele é um corporar do corpo biológico, passando a ter o caráter ontológico-existencial. Mas, e quando falamos do corpo transformado pelo tempo, qual o significado que damos para ele? Como conceituamos esse “não-corpo-presente”? Como não há o corporar, ele deixa de ser eu/meu somente pela ausência? (contrapondo a presença no ser do Dasein). Como me reconheço enquanto Ser (presença) ao me reportar para uma imagem de meu corpo, de outrora ou quando remeto à minha memória?
É na busca de trilhar um argumento para compreender a corporeidade no Dasein não somente no espaço, mas também situá-lo no tempo, e temporalizar esse tempo, que desenvolveremos esse projeto de pesquisa.
OBJETO
O objeto de pesquisa para a dissertação será a relação da corporeidade com a temporalidade no Dasein. Até então Heidegger discorre sobre a questão da corporeidade relacionada aos existenciais; à espacialidade e à hermenêutica conforme apresenta na analise de Acylene Ferreira, acerca da corporeidade em Ser e Tempo
Diante deste propósito, temos como objetivo mostrar a constituição ontológico-existencial da corporeidade em Heidegger. Com este intuito, dividimos nossa reflexão em três partes: [i]O caráter de abertura dos existenciaise da corporeidade, onde abordaremos o nexo ontológico entre a estrutura ser-no-mundo e os existenciaisda mundanidade do mundo, disposição e compreender, com o intuito de mostrar que a corporeidade é um existencial. [ii] A espacialidade e corporeidade. De acordo com os parágrafos 22 a 24 de Ser e tempo, mostraremos que o espaço