prejetos
O motoqueiro e o motociclista se encontram num cruzamento da cidade e inesperadamente começam o diálogo: - E aí brother? - Perguntou um deles montado em uma moto de alta cilindrada. - Certo mano. – Respondeu o outro.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Manda aí, qual é?
- Seguinte, sempre quis saber porque é que vocês gostam tanto de buzinar? - É que a buzina é o abre alas. Sabe “cumé né” a gente pede passagem. - Ah... Então é isso. - Agora é a minha vez de perguntar, posso? - Fala brother. - Porque vocês usam esses “jacos” sujos, cheios de broches e embleminhas?
Após uma longa gargalhada o outro responde: - Sabe o que é, quanto mais sujo, mais rodado, e na verdade não é sujeira, é poluição, são quilômetros e quilômetros de estradas, de viagens, e cada pin ou emblema tem uma história, são anos e anos de estradas. - Certo, é sua praia né, mas me diz outra coisa, esse capacete aí não é o tal do “coquinho”? - Sim, é. - respondeu. Ao que o outro lhe perguntou: - Mas esse capacete não é aprovado, e aí, ele protege alguma coisa? - Olha... É que... Veja bem, eu acho bonito e agradável de usar, mas realmente não é aprovado pelo Inmetro. - Pois é né. (sorri com ironia) Ao que o outro replicou: - Vocês caxambinhas são malucos, aceleram tudo no meio dos carros, isso não é mais perigoso? - Não, pois eu respeito à velocidade da via, e reduzo quando estou no corredor. - Já eu acelero tudo na estrada e várias vezes já "colei" o velocímetro.
- Ué, mas a velocidade máxima nas estradas não é 120 km/h?
- Ah... Mas quando eu sinto o vento no rosto, a sensação de liberdade aflora...
De repente o semáforo abre e eles se despedem. Um deles acelera deixando no ar um ronco ensurdecedor, com seu escape aberto. Então o outro de volta à rotina de trabalho dá um leve toque na buzina, enquanto pensa consigo: “...