Relações Ètnicos-Raciais: Palestra O Brasil é um país no qual há um altíssimo grau de miscigenação, é comum as pessoas pensarem que o racismo é algo ultrapassado ou superado. Que aqui no Brasil somos todos iguais e que todos têm as mesmas oportunidades de acesso às instituições de promoção da cidadania, como é o caso da escola. Mas será que isso é verdade? Sabe-se que há uma clara relação entre a cor da pele e nível socioeconômico. Os negros ocupam as camadas mais baixas na pirâmide social e a explicação para isso não é falta de capacidade dos agentes, mas as poucas oportunidades e o racismo, que não está em um ou em outro. A sociedade brasileira é constituída por diferentes grupos étnico-raciais que a caracterizam, em termos culturais, como uma das mais ricas do mundo. Entretanto, sua história é marcada por desigualdades e discriminações, especificamente contra negros e indígenas, impedindo, desta forma, seu pleno desenvolvimento econômico, político e social. O indivíduo, mas na sociedade como um todo. Considerando-se nossa sociedade multirracial e multiétnica, profundamente marcada por desigualdades e contradições, ditas e não ditas, vivemos um momento privilegiado em que práticas isoladas voltadas para a educação anti-racista podem dar lugar a um olhar crítico, a um diálogo denso e tenso do qual já não se pode fugir. Nesse sentido, vale destacar, aspectos fundamentais para que se instaure uma política que faça do reconhecimento das diferenças um caminho para a revisitação de condutas e a busca de referenciais para a construção da igualdade de direitos. As raízes das práticas racistas contra os negros no Brasil remontam à chegada das primeiras levas de africanos que aqui aportaram na condição de escravos. Hoje, passados mais de cem anos da abolição da escravatura, as marcas deixadas pela opressão ainda se fazem presentes sob a forma de preconceito, discriminação e exclusão social, sendo esta compreendida na sua dimensão