preconceito
Geovanna Santos Di Giorgi nº47
Histórias Cruzadas
FILME dirigido por Tate Taylor, narra a história de uma jovem recém-formada (Skeeter)- Emma Stone na pequena cidade de Jackson no Estado de Misssissipi, na década de 60 quando a divisão entre negros e brancos era acentuada pelo apartheid. Banheiros, filmes, locais separados para “colored” e “white”. No Sul dos Estados Unidos o racismo era ainda mais acirrado. As babás negras, também chamadas “amas de leite”criavam os filhos das brancas com amor e carinho sem esperar nada em troca. Era o que faziam e sabiam fazer, até que uma das personagens cria uma iniciativa de também ter banheiros separados para as babás negras. Skeeter tem que conviver com suas amigas egoístas e insensíveis, mas resolve escrever um livro com os depoimentos de várias babás negras sobre como se sentem e suas histórias vividas nas casas dos brancos. Uma personagem chama a atenção: uma branca, considerada “white trash”- lixo branco, que não se enquadrava nos padrões burgueses das outras amigas por ter casado grávida. Esta não fazia distinção entre sua empregada doméstica negra e ela, almoçando com ela e fazendo dela (Minny) sua confidente. Minny ( Victoria Spencer) inclusive ganhadora do Oscar como melhor atriz coadjuvante, ousa desafiar uma ex-patroa que a maltratara por ter usado seu banheiro. Sua ex patroa chegava ao cúmulo de medir os pedaços de papel higiênico com lápis para ver quanto ela gastara.
No meio de tanta pompa, o espectador, creio que de qualquer raça, sente-se indignado e até mesmo incomodado ao ver a discriminação entre os patrões e as babás. Insensibilidade, egoísmo, arrogância e discriminação são depictadas neste filme tocante e verdadeiro.
Sentimo-nos incomodados e envergonhados pela discriminação ao assistir ao filme. Porém, será que o racismo e preconceito não prevaleceram? Haja vista que no Brasil em todo apartamento e casa há o banheiro