Preconceito

O racismo e as possibilidades de visualizar um discurso diluído no dia a dia. A questão do preconceito racial vem sendo disseminada, segundo as nossas aulas, através de um discurso religioso que foi construído e reforçado através do tempo por artistas que conviveram e se formaram a partir de uma visão de mundo eurocêntrica, branca, católica e masculina, o que fez com que em suas representações o negro aparecesse sempre de forma pejorativa e ou secundária. O Brasil por ser um país colonizado por europeus, dentro do padrão já citado, acabou por herdar os princípios preconceituosos (racistas) dos colonizadores que também se aproveitaram dos negros como mão de obra e em seguida os largaram a míngua e à própria sorte. Historicamente falando, temos um desvanecimento dos negros famosos o que nos leva a perceber o quão preconceituoso é o discurso construído através do tempo. A questão das cotas, no
Brasil, vem para minimizar, mas jamais sanar, o descaso de séculos com a história do negro no mundo.
“... ‘raça’ é um conceito que não corresponde a nenhuma realidade natural...,
...trata-se, ao contrário, de um conceito que denota tão-somente uma forma de classificação social, baseada numa atitude negativa frente a certos grupos sociais... A realidade das raças limita-se, portanto, ao mundo social. Mas, por mais que nos repugne a empulhação que o conceito de ‘raça’ permite - ou seja, fazer passar por realidade natural preconceitos, interesses e valores sociais negativos e nefastos -, tal conceito tem uma realidade social plena, e o combate ao comportamento social que ele enseja é impossível de ser travado sem que se lhe reconheça a realidade social que só o ato de nomear permite”. (Guimarães, 1999: 9)

Trabalhar e desconstruir a imagem negativa que muitas vezes é mascarada e aperece em tom desdenhoso, para não ser chocante, é tarefa que cabe a cada educador e à escola. Midiaticamente ainda temos o negro sendo representado seguindo os princícipos