preconceito nos esportes
No caso do futebol sempre existiu discriminação de algum tipo. A famosa expressão “pó-de-arroz”, por exemplo, vem da época em que atletas negros, proibidos de jogar na maioria dos clubes, passavam pó no rosto para tentar uma chance no elenco.
Infelizmente, temos inúmeros exemplos de atos racistas nos dias atuais: em uma partida entre o Bayern Leverkussen e Real Madrid, a torcida espanhola imitava macacos todas vez que os brasileiros Juan e Roque Júnior tinham domínio da bola. Em outras ocasiões, torcedores jogaram bananas no campo em menção do xingamento racista mais popular entre os gringos: macaco. Eto’o, pelo Barcelona, foi uma dessas vítimas.
O caso com o jogador Grafite em pleno Morumbi foi um dos mais falados. Em uma partida entre São Paulo e Quilmes pela Libertadores de 2005, Desábato chamou o ex-são-paulino de “macaco”. O atacante registrou queixa na delegacia, o argentino foi preso algumas horas após o término do jogo, mas foi solto mediante o pagamento de fiança. Na Libertadores desse ano foi Máxi Lopez, atacante do Grêmio, quem demonstrou racismo: chamou o volante Elicarlos de “macaco” nos gramados do Mineirão em partida contra o Cruzeiro. O caso foi para a polícia, mas no depoimento o argentino afirmou “não saber nem o que significava a palavra macaco” e ficou impune.
Pode ser coincidência ou baixa demanda de interessados, mas existem pouquíssimos treinadores negros em atuação na primeira divisão do principal campeonato do país: o Brasileirão. Nas primeiras rodadas do segundo turno desse ano havia apenas um treinador negro dentre os 20 que comandam as equipes (Andrade, do Flamengo). Essa escassez também pode ser observada nas posições de dirigentes de