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Em relatório do orçamento, governo prevê mais inflação neste ano
Estimativa para IPCA subiu de 5,3% para 5,6%; PIB segue em 2,5%. Não houve liberação de recursos e nem corte adicional de despesas.
22/05/2014 16h07 - Atualizado em 22/05/2014 17h58
Por Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
O governo federal admitiu oficialmente que a inflação deverá ser mais alta neste ano. No relatório de receitas e despesas do Orçamento, relativo ao segundo bimestre deste ano, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada inflação oficial do país, passou de 5,3% para 5,6%. No entanto, se a previsão do governo se confirmar, a inflação será menor que a registrada em 2013, quando ficou em 5,91%.
"A estimativa de inflação é compatível com a meta estipulada para fins de política monetária e com a trajetória para este índice observada até o momento", informou o Ministério do Planejamento.
Mesmo assim, o valor estimado pelo governo federal para a inflação em 2014 segue bem abaixo da expectativa do mercado financeiro, que foi captada pelo Banco Central na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para os economistas, o IPCA deste ano deve ficar em 6,43% – valor que está próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação.
Segundo esse sistema, a meta central tanto para 2014 como para 2015 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA calcula a variação média de preços de produtos e serviços em 11 regiões metropolitanas do país.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o governo manteve a estimativa em 2,5% de alta. O valor está acima, porém, do que prevê o mercado financeiro – que vê uma alta de 1,62% para a economia brasileira neste ano. O PIB corresponde à soma dos