Praças
Necessidades das Praças
As praças também nasceram de necessidades: de espaço para abrigar as atividades de troca e para a tomada de decisões coletivas; de endereço para os encontros, para as festividades; de um símbolo para a comunidade, enfim, de um “centro” facilmente acessível para a realização das mais variadas funções.
A forma praça, como centralidade, é portanto uma criação do ocidente e, mais especificamente, do mundo em volta do Mediterrâneo que, numa exorbitância, poderia ser considerado um mar-praça. A praça nasce assim de uma necessidade – a de reunir as pessoas –, mas também de uma escolha, que se traduz num princípio de relacionamento entre as pessoas – o igual direito à palavra. Mas esta necessidade e esta escolha poderiam se realizar mediante outra “forma”, ter uma outra gênese formal que não a do vazio de um círculo. Poderia ser na forma de platéia e palco, no qual os oradores se sucederiam e de onde falariam aos demais. Por sinal, a origem etimológica da palavra praça é o vocábulo latino platea, ou rua larga.
Praças europeias
Até meados do século XVIII o projeto de praças estava normalmente restrito ao tratamento paisagístico de grandes palácios, nem sempre inseridos no contexto urbano. Os espaços livres