Praga em portugal
A espécie de escaravelhos, Rhynchophorus ferrugineus, mais conhecida como escaravelhos vermelhos, mede cerca de 3 cm. Tem uma cor castanha avermelhada e um rostro curvo e longo. Alimentam-se da planta hospedeira, a palmeira, ate a destruição total desta, altura em que os adultos voam para outra planta.
As características biológicas que levaram esta espécie a tornar-se uma praga são:
O escaravelho da palmeira é um bom voador.
As larvas desenvolvem-se no tronco da árvore, destroem o seu sistema vascular, provocando o seu colapso e morte.
As fêmeas põem cerca de 300 ovos. O escaravelho vermelho tem, geralmente, 3 geraçoes por ano.
Cerca de quarto meses depois da postura dos ovos, surge a nova geração de escaravelhos adultos.
Os danos são causados pelas larvas, que escavam tuneis e grandes cavidades. As larvas podem ser encontradas em qualquer local da palmeira. As larvas alimentam-se do tecido em crescimento na coroa das palmeiras, destruindo muitas vezes a área de crescimento apical e causando a eventual morte da arvore.
Em Portugal a primeira ocorrência foi assinalada em 2007. Actualmente o Rhynchophorus ferrugineus esta presente em 5 regiões no continente português e na ilha da madeira. O algarve e considerada a região mais contaminada. Desde 2007, a praga tem vindo a propagar-se, tendo sido afectados mais regiões e municípios.
Neste momento algumas autarquias têm em curso um plano de tratamento em palmeiras afectadas. Este tratamento consiste na aplicação de nemátodos + quitosano. Os nemátodos são insectos microscópicos que eliminam o escaravelho das palmeiras, matando todas as gerações do insecto. A sua aplicação não causa danos de aplicação às palmeiras, uma vez que o produto será colocado com ajuda de um pulverizador próprio na coroa da árvore. Ainda assim teme-se que muitas das palmeiras em tratamento não sejam recuperáveis.