PR TICAS LABORAIS NOS SERVI OS DE SA DE
PRÁTICAS LABORAIS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: AS CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM
Macapá
2014
INTRODUÇÃO
A década de 80 foi de grande importância pela inclusão de processos de Educação Permanente nos serviços de saúde em distintos países da Região, apoio dado pela Organização Panamericana de Saúde. Entre essas contribuições cabe destacar o de um grupo de trabalhadores de saúde do Brasil, dirigido à análise do processo educativo, centrado na revisão do processo de trabalho em saúde e em propostas de desenvolvimento dos trabalhadores por uma educação comprometida com a transformação do serviço. Tais contribuições se desenvolveram paralelamente à produção de um importante movimento no pensamento da educação profissional e de processos de trabalho. Esta nova abordagem não é um exclusivo resultado de uma opção valorativa, mas, sim, produto da constatação de que é precisamente no âmbito do trabalho que se consolidam os comportamentos e formas de atuação laboral individuais e coletivas.
Com relação aprendizagem e socialização profissional: o potencial educativo da situação de trabalho, é fato que pensar não é o mesmo que fazer, no entanto não se pode afirmar que pensar e fazer não tenham nada a ver entre si. O problema aqui é a relação, problema, por exemplo, para a psicologia do conhecimento. Mas a relação é importante para a pedagogia, em vista da educação profissional: como introduzir processos de formação e aprendizagem com resultados efetivos? E é importante, também, para as organizações laborais? Como consolidar processos de mudança ou conseguir alcançar os fins que se persegue?
A bibliografia circulante sobre a formação em distintos campos profissionais – incluindo as profissões de saúde – contém muitas informações acerca do que deve formar e como há de formar-se, supondo que a palavra “formação” tem uma conotação necessariamente normativa, isto é, indicando que é o que deve formar aos