PP ARTE OU ARTIFICIO
I
De forma cada vez mais acelerada, desde as primeiras décadas do século XX as sociedades humanas de todos os quadrantes do globo terrestre vêm se transformando em sociedades de massa.
Segundo Baran e Sweezy, “quanto mais expressivo for o esforço de diferenciação, tanto mais estará o vendedor do produto diferenciado na posição de monopolista. E quanto mais forte for a atração do público à sua marca específica, tanto mais elástica se tornará a procura com que pode contar e mais capacitado estará ele para elevar seu preço sem sofrer uma considerável perda de receitas.”
II
As organizações necessitam direcionar seus esforços de comunicação para públicos cada vez mais diversificados e localizados em áreas geográficas cada vez maiores e mais distantes, nada mais necessário do que buscar o desenvolvimento de recursos de comunicação social que propiciem a façanha de oferecer miríades de alternativas de consumo às massas, ao mesmo tempo em que se obtenha o almejado diferencial de marca para cada produto ou serviço oferecido a elas.
[...] o valor de troca suplantar o valor de uso, à medida que o bem passa a mercadoria: pois, em última instância, o que se oferece a cada momento na sociedade de massa é a imagem de valor agregada ao bem ou serviço e não sua utilidade real enquanto bem ou serviço. [...] mas essa imagem de valor, que para todos parece natural e espontânea, só se estabelece e se consolida na mente dos consumidores graças a uma ininterrupta atividade de informação para a massa, exercida através dos meios de comunicação social e das estruturas produtivas dedicadas à criação e elaboração de tais mensagens. (Quantos boys não sacrificam um salário mensal inteiro apenas para poderem utilizar o Nike ou Reebok que lhes prometa maior aceitabilidade social através do destaque assim garantido no grupo?) Satisfazendo a empresas e consumidores, tal atividade incessante fecha o ciclo do marketing e só o pode fazer, na verdade, graças ao desenvolvimento