Povo de Taquaruçu
Era assim que os habitantes da cidade de Porto Nacional recebiam os antigos moradores de Taquaruçu, que vinham comercializar seus produtos no mercado da cidade. O entusiasmo dizia respeito à fartura da produção de cereais, óleo de babaçu, rapadura e galinha que eram considerados de ótima qualidade pelos portuenses. Tudo era transportado no lombo de jumentos, que seguiam trilhas beirando a Serra do Carmo. Numa viagem que durava três dias. Por muito tempo Taquaruçu foi considerado o celeiro agrícola de Porto Nacional.
Esse período segundo a historiadora Joana Euda abrange os anos de 1940 a 1960, quando os primeiros imigrantes, vindo principalmente do Maranhão e do Piauí, chegaram ao Vale de Taquaruçu em busca de novas oportunidades de vida e trabalho. A viagem dos estados vizinhos até Taquaruçu durava no mínimo dois meses, no lombo dos animais. Aos poucos os imigrantes se integraram à paisagem natural, repleta de palmáceas, onde foram inserindo suas tradições e costumes, formando um novo núcleo populacional do Norte goiano. Era o tempo das rendeiras com suas rodas de fuso e também dos teares. Nos festejos o toque das sanfonas animava as noites.
A Praça Joaquim Maracaípe sempre foi o centro do povoado, que na época era chamado de Santa Fé. Ali foi erguida a primeira Igreja Nossa Senhora do Rosário (atualmente a Igreja é localizada na Av. Belo Horizonte) o Colégio Estadual Duque de Caxias e também foi onde surgiu o comercio, inclusive do Sr. Maracaípe.
Fonte: texto retirado do Arquivo Histórico de Taquaruçu do Centro de Criatividade Professora Maria dos Reis