Potenciometria
1. Introdução
Muitos íons metálicos formam complexos suficientemente estáveis. Este fato serve de base para um método barato, e de comprovada eficácia na determinação de íons metálicos e de seus complexantes. Por bastante tempo a complexometria foi limitada pela baixa estabilidade dos complexos conhecidos e pelo fato da formação de vários complexos ocorrer em estágios gerando complexos do tipo MeLn onde Me = metal, L = ligante, n = assume vários valores, dependendo do íon e dos reagentes em uso isto gerava muitas discussões pois, com tantos produtos formados, as teorias criadas acabavam perdendo credibilidade devido aos resultados diversos. Tais limitações somente foram superadas em 1945, quando foi introduzido o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), um poderoso reagente, que complexa com vários íon, incluindo metais pesados e alcalino terrosos, formando estruturas estáveis do tipo 1:1.
Titulações complexométricas são extremamente úteis para a determinação de grande números de metais. Esta técnica tem alcance de milimoles (10-3 moles ~ 10-3 gramas) e pelo uso de agentes auxiliares e controle do pH, a seletividade necessária pode ser alcançada.
A titulometria com formação de complexos ou complexometria baseia-se em reações que envolvem um íon metálico e um agente ligante com formação de um complexo suficientemente estável. Apesar de existir um grande número de compostos usados na complexometria, os complexos formados com o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), são um dos mais comuns. Onde vários íons metálicos reagem estequiometricamente com o EDTA. Este é um ácido tetracarboxílico, possuindo quatro hidrogênios ionizáveis, sendo simplificadamente representado por H4Y.
O EDTA na forma de ácido ou sal dissódico pode ser obtido em alto grau de pureza, podendo ser usado como padrão primário, porém, se necessário pode ser padronizado contra solução padrão de zinco.
Os ligantes podem ser classificados conforme o número de átomos