Potencial energético da cana de açúcar (resumo).
A cultura da cana-de-açúcar e a atividade industrial de produção de açúcar e etanol
produzem uma significativa quantidade de subprodutos, que sempre foram tratados como
resíduos a serem eliminados e cuja destinação final variou do simples descarte no meio
ambiente no início da atividade até a atuais alternativas de valorização. Hoje alguns deles
ajudam a reduzir custos pela substituição de produtos utilizados na atividade ou alcançaram
alguma valorização comercial. Embora o setor tenha encontrado soluções econômicas para a
destinação final de seus subprodutos estas não são necessariamente as melhores opções para
todas as situações.
Entre as medidas de valorização do bagaço de cana estão o uso como insumo
energético, para geração de energia elétrica, vapor ou calor e cerâmicas, como matéria-
prima industrial na indústria de papel e celulose, na produção de furfural e na produção de
produtos aglomerados. Outro uso industrial do bagaço de cana é a hidrólise, que é o
emprego do bagaço na fabricação de excedentes de etanol sem a respectiva expansão da área
de cultivo de cana-de-açúcar.
Em termos do potencial energético dos produtos e subprodutos da cana-de-açúcar o
etanol equivale a 24,5 %, a biomassa de palha e pontas a 34,4 %, o bagaço a 36,8 % e o
vinhoto a 4,3 %.
4.1 A DISPONIBILIDADE DE BIOMASSA DA CANA-DE-AÇÚCAR
A cana-de-açúcar em seu estágio de colheita no campo é composta pelo colmo, as
folhas e os ponteiros. O colmo é levado para as usinas e dele é extraída a matéria-prima
principal da indústria sucroalcooleira, o caldo. Após a extração do caldo a biomassa
constituída das fibras moídas da cana-de-açúcar, o bagaço de cana, resulta como subproduto
do processo de obtenção do caldo.
4.1.1 COEFICIENTES DE RESÍDUOS E DE DISPONIBILIDADE DA PALHA E PONTAS
A quantidade de resíduos da colheita da cana-de-açúcar é dependente de diversos
fatores, tais