POSSÍVEIS EPIDEMIAS PÓS-CHEIA DO RIO MADEIRA (CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E ESTRATÉGIAS PARA CONTROLE)
PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO E TECNOLOGIA AMBIENTAL
DISCIPLINA: DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
DOCENTE: MSC. FRANCES TATIANE TAVARES TRINDADE
YASMINNE MARJORIE MC COMB PALÁCIO MINOTTO
RESENHA:
POSSÍVEIS EPIDEMIAS PÓS-CHEIA DO RIO MADEIRA
(CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E ESTRATÉGIAS PARA CONTROLE)
PORTO VELHO, JUNHO 2014.
A cheia ocorrida recentemente no leito do rio Madeira foi provocada por um evento meteorológico extremo, com uma vazante que se estimava que incidisse apenas uma vez a cada 100 anos. Nos últimos tempos, além disso, eventos climáticos extremos, dos mais variados tipos, têm ocorrido em diferentes partes do mundo, sugerindo indícios evidentes de mudanças climáticas. Embora não se possa demonstrar qual evento específico causou a decorrência de tais mudanças, as inundações figuram entre as catástrofes naturais que mais causam danos à saúde pública e ao patrimônio.
As enchentes possuem efeito direto nos sistemas de água e saneamento, o que potencializa a ocorrência de doenças infecciosas transmitidas pela água e surtos epidêmicos. As principais ocorrências epidemiológicas após as inundações são os traumatismos (afogamentos, lesões corporais, choques elétricos, etc), acidentes com animais peçonhentos, que nesse período abandonam as áreas alagadas em busca de refúgio e o aparecimento de doenças infecciosas, particularmente a leptospirose, e de doenças de transmissão hídrico-alimentar, uma vez que a água carrega consigo alguns patógenos, podendo contaminar alimentos e propiciando um ambiente ideal para o aparecimento de insetos vetores.
As águas da inundação transbordam rios e carregam consigo lama, lixo e esgoto (inclusive para dentro das casas) e, desta forma, doenças como leptospirose, hepatite A e E, doenças diarreias causadas por Escherichia coli, Shigella e Salmonella, e em menor grau febre tifóide e cólera, geralmente ganham forças em condições como estas.