Possenti
RA: 2114100581
Série: 01 - Turma A
Curso: Letras EAD
Disciplina: Metodologia do Ensino
Professores (as): Marcelo Ganzela Martins de Castro e Elenice Alves da Costa
Ref.: Fórum 1 - Metodologias no ensino de língua materna
Data:15.03.2014
O fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica, automaticamente, que esse português seja um bloco compacto, coeso e homogêneo. Portanto, é preciso que todas as instituições voltadas para a educação abandonem esse conceito da homogeneidade do português e reconheçam a multiplicidade linguística dentro de um contexto social e geográfico, considerando que o aluno chega à escola oriundo de ambientes sociais onde a norma linguística empregada é uma variedade de português não-padrão. Milhões de brasileiros independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica e de seu grau de escolaridade, são discriminados linguisticamente pela escola quando tenta impor sua norma lingüística “culta” como se ela fosse, de fato, comum a todos os 200 milhões de brasileiros. Marcos Bagno argumenta “que falar diferente não é falar errado e o que pode parecer erro no português não-padrão tem uma explicação lógica, científica (lingüística, histórica, sociológica, psicológica)”.
Sob essa perspectiva científica, a escola deveria observar e investigar o “falar diferente” e a partir da língua em uso, desenvolver atividades com registros linguísticos em diferentes situações comunicativas, em textos teatrais e outros usos da língua oral e escrita, respeitando a língua como parte constitutiva da identidade individual e social de cada aluno. As atividades sobre e com a linguagem deveriam estar fundamentadas na valorização da língua materna e suas variantes em seus diferentes contextos de uso.
Para que a norma linguística ensinada na sala de aula não seja uma “Língua Estrangeira” para o aluno que chega à escola proveniente de ambientes sociais onde a norma