No Brasil, diversas criações utópicas que se gestavam na Europa entraram no país nos anos 50 do século XIX, mas começaram a ganhar força quando o positivismo tornou-se a corrente de ideias mais importante, isto é, por volta dos anos 70, alcançando seu apogeu nos anos 90. No Brasil a influência do positivismo aparece no início da República e na década de 1970, com a escola tecnicista. Em 1846, surge uma importante revista em Pernambuco, vinculada às ideias socialistas de então. Trata-se de O Progresso, que contava com assinantes nas principais províncias do império: Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro. Era dirigida por Antônio Pedro de Figueiredo, amigo pessoal do francês Vauthier, que também foi seu redator por algum tempo. A passagem de Vauthier pelo Brasil é importante porque, além de ter contribuído para a introdução das ideias socialistas no país, marca uma relação embrionária com o positivismo. O positivismo só veio a se implantar no Brasil firmemente a partir de 1870, as ideias de Comte começam a aparecer no final da década de 1840. Augusto Comte, com ideias abstratas queria substituir a ciência por dados colhidos pela experiência. A sua pretensão era formular uma "física" social (a "sociologia") que alterasse o quadro social instável da época, decorrente das novas relações de trabalho do capitalismo industrial. Assim, concebe a chamada lei dos três estados: teológico, metafísico e positivo. Segundo Comte na fase positiva, o homem expõe os fenômenos e estabelece relações constantes de semelhança e sucessão entre eles, estando a argumentação e a imaginação subordinadas à observação. Nessa fase, as causas e as essências são deixadas de lado buscando apenas evidenciar as leis imutáveis que nos regem, ou seja, o conhecimento destina-se apenas a organização e não a descobrir o real, o certo e o inquestionável, através do empirismo. Tal como Conte, Teixeira Mendes e Miguel Lemos seguiram rigorosamente a doutrina comteana e pregavam os cânones da Filosofia