Positivismo no brasil
No Brasil, o positivismo encontrou um grande sucesso entre os meios acadêmicos militares porque não havia no país uma tradição em pesquisa científica. Na época, o país vivia um momento político de afirmação de uma nova burguesia formada por intelectuais, médicos, engenheiros e militares, que lutavam contra a monarquia, a influência do clero e o caráter feudal dos latifúndios (SILVA, 1999).
A difusão dos ideais positivistas no Brasil ocorreu não pela sua adoção pela maioria da população brasileira ou pela maioria da intelectualidade, mas sim pelo fato de que figuras proeminentes como Benjamin Constant Botelho de Magalhães, no exército e Júlio de Castilhos, na política, serem positivistas.
Benjamin Constant No entanto, foi na passagem Império-República, que verificou-se a decisiva influência do positivismo nas mudanças políticas e sociais, objetivando a construção de uma nova ordem. Esse período da história nacional foi caracterizado por campanhas em favor da abolição da escravatura e pró-republicanas.
De acordo com Miorim (1998, p. 88), “a influência do positivismo no Brasil, particularmente entre finais do século XIX e começos do XX, seria uma fator decisivo e reforçador de várias formas de participação da história em livros didáticos e propostas oficiais brasileiras”.
Proclamada a República, os positivistas participaram ativamente da organização do novo regime, contribuindo na introdução do estudo das ciências e na revisão filosófica que procurava romper com a tradição das humanidades clássicas na educação. Posteriormente, na década de 1970, com a escola tecnicista, a influência positivista é novamente notada.
CONCLUSÃO
Comte se preocupou com a filosofia da história, afirmando ser a mesma as bases de sua filosofia positivista e que ele também classificou a evolução do pensamento humano nas seguintes fases: o teológico, o metafísico e o positivo.
No entanto, deve-se reconhecer que o Positivismo