Position Paper
Nunca foi fácil lidar com limites, e isso em diversos campos da vida, desde a reprimenda dos pais quando infante ou até mesmo as próprias limitações financeiras, físicas e intelectuais. É uma situação que acompanhou e acompanha todos os seres humanos por toda a história e com certeza não poderia ser diferente nos diversos campos do conhecimento, nesse caso, a psicologia social. Definir o campo não parece trazer muitas dificuldades, assim como também definir as áreas afins que se relacionam de alguma forma com a mesma, falando aqui da sociologia principalmente, a filosofia social e a antropologia cultural. Disciplinas essas que possuem certo limite, de modo que não se perdem em generalidades e não se confundem, pelo menos na maioria dos casos. Sabendo disso, é inevitável ter que falar sobre os perigos de tracejar limites entre fatores diversos como socioculturais e patológicos, situacionais e subjetivos e até mesmo do inato e do adquirido, e isso somado com uma tendenciosidade do próprio psicólogo social pode ser um problema que origina mais problemas dentro do próprio universo científico, trazendo pesquisas com resultados enviesados e impregnados de valores pessoais, que podem ser replicadas e piorar ainda mais a situação. Portanto, é importante saber transitar entre essas disciplinas com o devido cuidado para não se perder entre elas, sabendo distinguir onde se encontram e onde o próprio sujeito se encontra, porque muitas vezes o próprio indivíduo acha que está atuando sob determinado prisma, mas na verdade se aprofundou tanto que não mais consegue distinguir o que está em volta. “Ficar em cima do muro” é um termo delicado para ser posto aqui e por isso é necessário contextualizá-lo. Também a expressão geralmente possui conotação negativa, mas isso não significa abstenção de posicionamento ou similar, pois aqui acontece justamente o contrário. A psicologia social seria