portuques
Quando Loredano afastou-se de João Feio, que o ameaçara, chamou quatro companheiros de confiança e foi com eles à despensa. Lá, separados dos outros que temia poderem também rebelarem-se, disse que derrubariam a parede e que matariam, então, todos lá dentro, menos Cecília:
"(...) se algum de vós deseja a outra, pode tomá-la: eu vo-la dou."
E revela que além de atacarem a casa, parte dos homens atacaria os índios do alto do rochedo. E que, depois do ataque, eles se embrenhariam na floresta e deixariam os amigos à própria sorte. Os outros rebeldes acharam aquilo de uma covardia enorme, que levariam para sempre com eles o remorso.
Passados alguns momentos, os rebeldes dizem não poder derrubar a parede porque, do outro lado e dentro da casa, estava o oratório com seus santos.
Indignado, Loredano objeta que então será ele próprio a colocar a parede abaixo.
João Feio conta aos outros companheiros quem era Loredano e estes decidem que, quando chegar, se apoderariam dele e o condenariam imediatamente à morte. Mas antes, deveria arrepender-se pelos atos iníquos que praticara.
Loredano fechara a provisão de água à chave, e os aventureiros estavam sedentes e famintos. Tomaram umas garrafas de vinho que encontraram no quarto do italiano, e em meio às risadas, já pensavam em pedir perdão a D. Antônio.
Capítulo II O Sacrifício
"Peri compreendera o gesto da índia; não fez porém o menor movimento para segui-la.
Fitou nela o seu olhar brilhante e sorriu. Por sua vez a menina também compreendeu a expressão daquele sorriso e a resolução firme e inabalável que se lia na fronte serena do prisioneiro.
Insistiu por algum tempo, mas debalde. Peri tinha atirado para longe o arco e as flechas, e recostando-se ao tronco da árvore, conservava-se calmo e impassível.
De repente, o índio estremeceu."
Cecília aparecera no alto da esplanada e lhe acenara, parecia feliz.
Enciumada, a índia saltou sobre ele com uma faca de pedra. Peri agarrou-a e deitou-a na