PORTUGUES
Introdução
Vício pode ser conceituado da seguinte forma: "defeito grave que torna uma pessoa ou coisa inadequada para certos fins". E linguagem: "é a capacidade que o homem tem de se comunicar". Portanto, Vícios de Linguagem são alterações defeituosas que sofre a língua em sua pronúncia e escrita devidas à ignorância do povo ou ao descaso de alguns escritores. São devidas, em grande parte à suposta ideia da afinidade de forma ou pensamento.
Desenvolvimento
O brasileiro é naturalmente criativo e, para se comunicar, criam-se estranhos códigos linguísticos e novas formas de se falar ou interpretar a "língua". Assim são construídas palavras e linguagens próprias de cada área do conhecimento: o economês, o sindicalês, o politiquês, etc. Há invenções e adaptação primorosas.
É comum na língua falada apropriarmos de uns vícios que se tornam constantes e, se não houver cuidado, passam atrapalhar a fluência da fala. Os mais comuns que encontramos por aí é: “né?”, “então”, “tipo”, “tá entendendo?”, “como?” ou “comé?”, “uai” (próprios dos mineiros), “cara” (típico dos cariocas) e por aí vai. As gírias são os vícios mais comuns entre os adolescentes, o que sempre foi motivo de repressão dos professores de português. O gerundismo - a mania de dizer vou estar ligando e similares - também é um vício de linguagem.
Outro dia, reparei no meu ambiente de trabalho os vícios de linguagem dos meus colegas. É engraçado perceber como cada um cria suas manias. Então, percebi que mais que um vício, isso se torna uma marca da pessoa. Passamos a imitar consciente ou até de inconscientemente. Somos capazes de, aos poucos, reproduzir esses vícios, conforme o convívio com essas pessoas.
Uma fala “não me diga” para todo caso contado, a outra exclama (com direito a virada dos olhos): “parei” quando o assunto é um absurdo, o outro solta sempre seu “relaxa” para acalmar o estresse alheio, a falante repete “tipo, tipo, tipo...”, o prolixo declama “genial” em