Portugues
Leandro Karnal é historiador e professor da Unicamp , estudou historia das religiões
São muitas as razões pra gente sentir medo. O medo é bem mais antigo do que a era pós moderna e deve ser interpretado não só como objeto mas um forma de consciência do mundo. O medo existe internamente e externamente
O medo é uma parte da religião em si. Karnal diz que é muito difícil um líder religioso não pregar o medo pois este tem a capacidade de encher mais as igrejas do que o amo. O medo e extremamente importante porque constitui por si só elementos discursivos nas instituições religiosas ou seja, o medo do terror, dos demônios geralmente acaba sendo mais eficiente que a doçura do amor de Jesus. A ideia do pecado por sua vez também é de grande importância para as religiões. Uma vez que estou em pecado, vou sofrer consequências, ou o pecado traz consequências ao individuo. Isto remete uma condição de medo. O individuo que tem medo apoia em qualquer movimento para reprimir os medos.
Leando Karnal usa uma frase interessante de outro autor numa metáfora dizendo que “ um demônio consciente da sua causa perdida diante de Deus, resolve se converter ao cristianismo e Jesus vendo tal situação diz que não é possível, ou seja não aceita pois sem a existência deste, Ele não existe, perde o sentido.
As três religiões monoteístas Cristianismo – Islamismo – Judaismo , nascem no deserto, ou seja no medo da solidão do deserto. Karnal usa o exemplo do deserto para mostrar que é natural o homem em situação de isolamento, necessidade , se apegar a Deus, buscar se aproximar de Deus para tentar resolver seus medos.
O tema é tirado de uma obra de Kierkegaard bem conhecida onde le traz possibilidades sobre a resposta de Abraão a Deus. Ou, que outras respostas Abraão poderia ter dado explorando novos caminhos para a narrativa do gênesis caso ele estivesse dito como resposta, não a Deus: não matarei meu filho Isaque, ou