Portugues 10
A SEMANA DE ARTE MODERNA
Antecedentes europeus: as vanguardas
Futurismo, Cubismo, Dadaísmo (o Surrealismo não influenciou diretamente a Semana, mas apenas o movimento da Antropofagia, de Oswald de Andrade.)
Futurismo: Fundado pelo italiano Marinetti, foi o movimento de vanguarda que mais influenciou os nossos modernistas. Propunha uma ruptura total com o passado. Ao mesmo tempo, exaltava o "esplendor geométrico e mecânico do mundo moderno". Isso significava cantar a máquina, o aeroplano, o asfalto, o cinematógrafo. No plano formal, os futuristas suprimiram o eu poético, a pontuação, os adjetivos e usavam apenas o verbo no infinitivo, etc.
Antecedentes brasileiros:
· A publicação, em 1917, de diversos livros de poemas em que jovens autores buscavam uma nova linguagem, ainda não bem realizada. (Nós, de Guilherme de Almeida; Juca Mulato, de Menotti del Picchia; Cinza das horas, de Manuel Bandeira; e Há uma gota de sangue em cada poema, de Mário de Andrade).
· A célebre exposição de Anita Malfatti, em 1917, e que foi duramente criticada por Monteiro Lobato em seu célebre artigo Paranóia ou mistificação. Jovens artistas paulistanos saíram, então, em defesa da pintora, criando uma polêmica que os ajudou a formar um grupo desejoso de mudar a arte e a cultura brasileira.
A semana de Arte Moderna
Realizada em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana representou a ruptura barulhenta com os princípios estéticos do passado.
A proposição de uma "semana" (na verdade, foram só três noites) implicava uma amostragem geral da prática modernista. Programaram-se conferências, recitais, exposições, leituras, etc. O momento mais sensacional deu-se na segunda noite, quando Ronald de Carvalho leu um poema de Manuel Bandeira: Os sapos, uma ironia corrosiva aos parnasianos que ainda dominavam o gosto do público.
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
‘- Meu