Portugal sob o dominio espanhol
A morte de dom Sebastião e a de seu tio-avô puseram fim à dinastia de Avis e colocaram Portugal diante do mesmo dilema com o qual o país se defrontara em 1383: submeter-se ao domínio espanhol ou rebelar-se. Filipe II da Espanha reivindicava para si o trono português, com o argumento que era casado com dona Maria, filha de dom João III de Portugal, avô de dom Sebastião. Em 1581, pelo Tratado de Tomar, instaurava-se a União Ibérica, governada por uma monarquia dual que reinaria sobre os dois países até 1640.A União Ibérica teve repercussões importante para a colônia portuguesa na América. Significou, na prática, o fim dos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, permitindo a livre circulação luso-brasileira em terras espanholas e vice-versa. A grande expansão que o reino teve por mais de um século trouxera como consequência o enfraquecimento do seu poder político e o grande vácuo que se instalou, em seguida ao seu período de mais vivo esplendor.
DESENVOLVIMENTO
- HISTÓRIA
A crise de sucessão portuguesa originada com a morte do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir e continuada com a morte de seu substituto, o cardeal D. Henrique, sem deixar sucessor direto, resultou na conquista de Portugal por Filipe II, rei da Espanha, em 1580. A união das duas Coroas ibéricas (União Peninsular) significou a junção de duas nações que apresentavam a mesma incapacidade na organização de suas políticas mercantilistas. Apesar dos lucros advindos do comércio oriental, da extração de metais preciosos na América e da empresa agrícola brasileira, as nações ibéricas não foram capazes de usar essas riquezas para o desenvolvimento capitalista nacional. Contrariando o princípio mercantilista da balança comercial favorável, essas nações usavam as riquezas coloniais