Portos
Por Carlos Araújo | @comexblog
Dados recente mostram que o Brasil já é o terceiro maior exportador de alimentos do Mundo. Perdemos apenas para os Estados Unidos e União Européia, e recentemente ultrapassamos o Canadá. Austrália, China, Argentina e outras potências agrícolas já ficaram pra trás há décadas. Mas isto não pode ser motivo de comemoração, quando analisado pela ótica da logística.
Mesmo com um ritmo de crescimento deexportação na ordem de 19% na média, segundo dados da OMC, muito acima dos 6,3% do Canadá, 6% da Austrália, 8,4% dos Estados Unidos e 11,4% da União Européia, nossos preços ainda não são melhores. E a resposta para esta situação pode estar na péssima infraestrutura dos nossos portos, falta de acesso rodoviário e ferroviário, e a falta de integração de todos estes elos deixando de gerar sinergia com o transporte multimodal.
Adicional a isto, as barreiras ambientais impedem o crescimento e a geração de valor agregado aos nossos produtos. Não haverá avanço nas exportações e na pauta exportadora se não consertarmos estes problemas crônicos que nos persegue há décadas e diversos governos, que só sabem reclamar do protecionismo dos países ricos.
Não se precisa de muito esforço para entender que sem uma infraestrutura logística adequada, os custos de produção nunca serão competitivos com os demais países concorrentes e a agricultura não conseguirá chegar às regiões com potenciais para o agronegócio.
A maioria dos portos brasileiros possui instalações precárias e o custo para se movimentar carga é alto para os padrões mundiais. Um ranking elaborado pelo Centro de Logística da Coppead/UFRJ envolvendo cerca de 300 empresas exportadoras, armadores e agências marítimas, indicou que vários terminais importantes para o país, como Santos, Vitória, Fortaleza e Salvador