Portifólio
A hidrocefalia é definida pelo aumento da quantidade de liquido cefalorraquidiano dentro da caixa craniana, nas cavidades ventriculares, entretanto podendo ocorrer no espaço subdural, a principal implicação clínica é a hipertensão intracraniana, podendo ocorrer no tratamento cirúrgico. o líquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR), é um líquido claro, constantemente produzido nos ventrículos, no interior do cérebro. O líquor tem como função proteger a parte interna do cérebro de mudanças repentinas de pressão e transportar substâncias químicas. Dessa maneira, o LCR serve de veículo para levar os nutrientes para o cérebro, banir os resíduos e fluir entre o crânio e a espinha dorsal para regularizar a quantidade de sangue dentro do mesmo. A hidrocefalia apresenta grande importância para neurocirurgia devido a três fatores: ao grande número de doenças que pode está associada, a quantidade de procedimento cirúrgico e as sequelas que os indivíduos estão sujeitos. A patologia se apresenta principalmente como manifestação de característica móbida, a exemplo de tumores, infecções ou hemorragias intra-cranianas. Epidemiologicamente grande parte dessas doenças acomete principalmente a faixa etária infantil, colocando a hidrocefalia em posição de destaque e de interesse para a neurocirurgia pediátrica. Existem pacientes que após o tratamento apresentam possíveis sequelas, com destaque o retardo do desenvolvimento neuro-psicomotor, fator que limita o desempenho da criança. A introdução das drenagens valvuladas unidirecionais favoreceu avanços significativos no tratamento da hidrocefalia, objetivando tirar o líquido em excesso nos ventrículos cerebrais para outras cavidades corporais, cessando a fisiopatologia da hipertensão intra-craniana observada. Os mecanismos fisiológicos envolvidos são esclarecidos a partir do momento que grande parte do líquido cefalorraquidiano é segregada pelos plexos corioíde, uma estrutura presente no sistema ventricular do encéfalo,