portifolio semiotica
UAB- UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO: LETRAS_ PORTUGUÊS
DISCIPLINA: SEMIÓTICA DISCURSIVA
TUTORA: CAMILA SOUSA
DISCENTE: ADISS SOUSA
ATIVIDADE DE PORTIFOLIO
INTERPRETAÇÃO DO POEMA “A FUMAÇA” DE HORÁCIO DÍDIMO.
A disposição gráfica simula o lento desmoronar da matéria, que reduz o homem a pó. A figura construída na página a partir da eliminação gradual das letras finais da palavra cigarro, até consumir os signos gráficos, para reduzirmos ao mínimo necessário para o desfecho ou resultado, como símile do objeto sendo lentamente consumido pelo fogo interno que o transforma em cinza, realiza uma das mais importantes conquistas da poesia concretista, ou seja, fazer o leitor ver as figuras saídas das palavras, mostrando que palavra não é apenas uma guardadora de significados, mas signo capaz de ser transformado através de suas potencialidades de significante e de suas significações. O senhorio do homem ensoberbe sua alma, confundindo-o e levando-o à morte. Dentro da visão sugerida pelas potencialidades semânticas do diálogo dos dois textos que formam o poema “A Fumaça”, a falta de sabedoria do homem o leva a destruir seu bem por excelência: a vida.
O texto do Eclesiastes 8:8 destaca através de Senhor e da negativa da segunda parte do texto, a incapacidade do homem, absolutamente dominado pela os elementos da criação; prostrando, no entanto, abatido em consequência dos seus atos, entre confuso e orgulhoso em seus equívocos. O homem é incapaz de manter sua integridade física. Dentro da relação estabelecida pelo poeta entre o texto bíblico e o que ele mesmo escreveu, a figura humana é apresentada como cheio de enganos e de falta de sabedoria, disciplina e entendimento.
Deixando-se arrastar pela soberba, agride de forma mortal sua frágil constituição física, demonstrando total incapacidade de compreender que nem é dono de si e não tem condição de conservar o que pode mantê-lo vivo.
A palavra sarro foi empregada ironicamente