Como já vimos considera-se que o "Processus" histórico se inicia com os Gregos e de facto é com Heródoto de Halicarnasso que em pleno século V A.C. , se faz pela primeira vez uma tentativa de investigação do passado, eliminando tanto quanto possível, o aspecto mitológico. A história começa a abandonar o estudo das "coisas divinas" e começa a preocupar-se com as "coisas humanas". Heródoto procurou além disso estabelecer uma causalidade entre os factos históricos e os motivos que os determinam, factor de extrema importância se considerarmos que esta forma de actuação, esta perspectiva, não é inata ao pensamento grego. Como afirma Barraclough, esta é uma invenção de Heródoto. Além de Heródoto, a historiografia grega contou com outros personagens importantes de que se destacam Tucídides e Políbio. Se Tucídides é importante pelo rigor que coloca na selecção dos testemunhos e pela imparcialidade que pretende introduzir na narrativa, com Políbio faz-se a transição da tradição historiográfica para os Romanos, destacando-se especialmente de entre estes, Tito Lívio e Tácito. No entanto faltou brilho à historiografia romana e em termos concretos pouco se evoluiu relativamente aos helénicos. Se com Tito Lívio e a sua história de Roma ainda se vislumbra a introdução de algum método na investigação dos factos, com Tácito e a sua perspectiva pedagógica, encontramos um relato eivado de parcialidade e preconceitos. Numa análise geral, podemos afirmar que a historiografia Greco-Romana se caracteriza por um sentido pragmático, didáctico e principalmente com os Romanos, pelo surgimento de um espírito de exaltação nacional. A História que com Heródoto e Tucídides apresentava um cariz regionalista, passa com os seus seguidores a assumir uma perspectiva universal.
Com o advento da Idade Média a historiografia sofre um retrocesso e passa a apresentar relações teológicas que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das