Porque
Introdução
O sistema educacional brasileiro apresenta sérias falhas que impossibilitam aos alunos atenderem, satisfatoriamente, às necessidades exigidas pelo mundo globalizado do qual a principal característica é a robotização da capacidade intelectual humana. Criou-se, pois, um padrão selvagem de concorrência – compete melhor quem tem como principal ferramenta a posse do conhecimento.
Indubitavelmente, a primeira consiste no modo como a língua portuguesa é ensinada nas escolas. Crivo da compreensão de qualquer atividade intelectual, a língua tem a função de decodificar o mundo que se apresenta aos indivíduos. Ensiná-la, pois, deficitariamente, é privá-los do meio de que necessitam para alcançar o desenvolvimento.
Este texto se propõe a (re)conceituar gramática e língua a partir da análise critica de como ambas são abordadas pela escola, do papel que os atores do processo ensino-aprendizagem têm assumido em relação à aquisição e ao desenvolvimento das habilidades linguísticas e dos aspectos sociais que refletem. Concluída esta fase, será apresentado um conjunto de princípios metodológicos cuja função é denunciar a ineficiência do ensino da língua portuguesa em nosso país, propondo mudanças pela adoção de novos paradigmas. Por fim, um possível direcionamento aplicativo, baseado nas argumentações defendidas, perora este trabalho, no intuito de resgatar a função primordial da escola – oferecer aos alunos os meios de acesso a um tipo de liberdade que só se conquista pela educação.
Parte 1 – Aspectos do ensino da língua portuguesa no Brasil
A dura realidade
É fato comprovado o baixo nível do domínio da língua portuguesa pelos brasileiros. Mesmo após anos e anos de estudo diário nas escolas, são poucos os que utilizam – ou acreditam utilizar – corretamente a língua padrão. Erros os mais inacreditáveis possíveis são cometidos em textos e discursos não só por