Por uma geografia nova - resenha por uma geografia nova. milton santos, ed. hucitec, são paulo, 1996, 4ª edição.
Por Uma Geografia Nova. Milton Santos, Ed. Hucitec, São Paulo, 1996, 4ª edição.
O professor Doutor em geografia Milton Almeida dos Santos analisa, em sua obra Por Uma Geografia Nova – da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica, o momento de crise por que passa a ciência geográfica, através do raciocínio epistemológico crítico que redunda, como síntese, numa proposta de nova visão sobre como pensar e como fazer geografia. Esta obra, em sua primeira edição, publicada em 1978 pela Hucitec-Edusp, constitui-se num clássico dentro da ciência, continuando atual em nossos dias.
Milton Santos trabalha com categorias geográficas, e seu processo consiste na análise, reflexão, síntese e crítica sobre os temas ou objetos estudados. É, sobretudo, uma análise do espaço que ele realiza, tendo em mente este espaço – o objeto da geografia - como “espaço total” ou “totalidade social”, através das categorias: estrutura, processo, função, forma. Trata, ainda, de diversos temas dentro da geografia, distinguindo Filosofia, Epistemologia, Teoria, Prática, Método e Técnica como assuntos que têm “vida própria” em seu pensamento.
A geografia nasceu no final do século XIX, comprometida com a ideologia imperialista dominante na época. Era ciência e filosofia que teorizava e justificava o colonialismo, com novas conquistas territoriais (políticas e econômicas).
Esta Geografia Clássica, nascida com os primeiros geógrafos modernos importantes – como Ritter, Humboldt, Brun -, e seguida pelos “fundadores” da ciência geográfica – La Blache, Ratzel, Brunhes -, tinha em comum o fato de todos os seus grandes nomes serem “principistas”, isto é, procuravam princípios gerais que dessem cientificidade à geografia, como ponto de partida de seus trabalhos.
Foram influenciados por grandes pensadores como Kant (Construtivismo), Descartes (Racionalismo), Comte (Positivismo), Darwin (Evolucionismo), Spencer (Organicismo), Newton (Mecanicismo), Hegel (Idealismo),