O livro “Por uma Vida Melhor” defende a causa da aceitabilidade das variantes lingüísticas populares como em “ Os livro ilustrado”, no entanto, não deixa de alertar que a utilização da variante popular pode gerar preconceito lingüístico e que devemos estar atentos ao seu uso de acordo com a situação vigente. Acredito que por mais que tentemos inserir o uso do informal dentro do livro didático, ele não será devidamente aceito, porque até então, o sistema se mantém rígido e apesar de mostrar uma aparente flexibilidade, conceitos de “certo” e “errado” predominam ainda dentro da sociedade. Podemos verificar isso nos processos seletivos para o ingresso de estudantes em instituições públicas: o que se exige nada mais é do que a norma culta, extremamente elitizada e conservadora e é com base nessas exigências que a escola deve formar os alunos, ou seja, prepará-los como indivíduos capazes de se valer no mundo por meio do conhecimento. Sem dúvida nenhuma, a cultura e o meio social que cerca o estudante é de extrema importância, mas só isso não basta, é por meio dos estudos que o ser humano alcança o progresso intelectual e se torna autônomo da própria vida. Busca-se o tempo todo um material que esteja de acordo com as normas pré-estabelecidas nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) - que garanta uma integração do estudante a partir da sua própria vivência, mas com isso há o esquecimento de que para garantir essa integração deve-se primeiramente gerar inclusão, inserindo o alunato nos saberes formais, para que assim eles possam competir no mercado de trabalho e que se tornem preparados à situações desafiadoras, sem isso, regras, diretrizes ou parâmetros não se fortificam. O livro didático, uma vez que torna aceitável o emprego da variante popular, expondo-a em suas páginas, faz com que os estudantes tenham contato com aquilo que já sabem, ou seja, o coloquialismo que já vivenciam no dia-a-dia. A necessidade é outra, é de