Um mundo melhor
Há diferentes formas de se ver um mundo melhor, mas será que realmente há uma conclusão para esta utopia? Ora, se eu perguntasse a uma criança, talvez ela me dissesse com toda sua inocência: Um mundo de amor. Será mesmo que o amor traria a nós um mundo completamente perfeito ou no mínimo com grandes possibilidades de melhoria? O amor tem muitas vertentes, tem uma veia pulsante que pode explodir a qualquer momento e também tem um sistema totalmente controlado. Talvez um mundo de amor fosse tão ou mais instável do qual vivemos. Costumo pensar que no amor se reúnem muito mais coisas do que só carinho, compaixão. Há uma dependência sobrenatural sobre tudo que ama, como um vício. E principalmente, no amor existe o ódio e os dois tem uma função difícil de estar em equilíbrio. Seres humanos se tornaram uma espécie de buraco negro onde quanto mais mergulha mais afunda, chegando a um infinito de possibilidades e ações. Talvez o amor não fosse suficiente para chegar ao respeito, a tolerância e muito menos a bondade plena.
E, que tal se fossemos todos iguais? Es que a diferença é a mola da intriga, da repugnação e do desprezo. Quem sabe se tivéssemos os mesmos gostos, manias e personalidades? Não, talvez o ser humano perdesse a sua essência, a sua unicidade. Complexo? Bastante. Todos procuram um padrão, mas será que todos suportariam a igualdade?
Costumo dizer às vezes que o problema do mundo é o “se importar com os outros”. A maneira como as pessoas obtêm informações hoje lhe da uma visão extensa da vida da outra e lhe da quase que direito de sempre ter uma opinião sobre quaisquer ações humanas. E se isso de algum modo fosse tirado? De certa forma jamais ouviríamos falar em aborto, eutanásia ou discutir sobre drogas, afinal os donos desses assuntos é que devem tomar suas próprias decisões. E eu?Bom, eu não tenho nada haver com isso, a não ser que estivesse inclusa em um desses grupos talvez.
O que quero dizer é que, para ter um mundo melhor há de se