Por quê a Rodada Doha de Desenvolvimento não vai para frente?Motivos de entraves e dissenso
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA
Departamento de Relações Internacionais
Curso de Economia Política Internacional
Ensaio:
Por quê a Rodada Doha de Desenvolvimento não vai para frente?Motivos de entraves e dissenso
Aluno: Aaron Campos Marcelino
João Pessoa, 2 de março de 2013
Introdução Neste presente ensaio, ser-se-á debatido os motivos pelos quais a Rodada Doha de Desenvolvimento não segue com sua agenda adiante. Numa breve contextualização histórica, vale ressaltar que esta teve início em 2001, marcando um conjunto de ações importantes para dar durabilidade e resiliência do Sistema Multilateral de Comércio. Porém uma série de fatores viriam por minar essa durabilidade: percebe-se que as Reuniões Ministeriais firmadas anteriormente à Doha, principalmente a Rodada do Milênio em Seattle (no ano de 1999), fracassaram em causar satisfação geral, principalmente dos países pobres; A descrença de se auferir ganhos pelo comércio multilateral cresceu, consequentemente crescendo relações de cunho bilateral e intensificação de regimes regionais de comércio; como também, a continuidade do Sistema Multilateral de Comércio fora posta em cheque devido à recessão econômica mundial ocorrida dentre o final do século XX e o início do século XXI; e por fim, pode-se dizer que os ataques terroristas aos Estados Unidos também tiveram um papel impactante. É notável que a Rodada Uruguai surtiu uma série de efeitos positivos, com a criação de vários acordos de estímulo ao comércio, como por exemplo Agreement on Agriculture, o Acordo TRIPS, dentre uma ampla variadade de Acordos firmados – e não se pode esquecer que logo após seu fim, criou-se a Organização Mundial de Comércio, incorporando o GATT.. Porém os países subdesenvolvidos ainda encontram problemas para com o mercado de bens agrícolas no que diz respeito ao seu acesso (e também comércio de bens-não agrícolas, Pelo Non-Agriculture Market Acess – NAMA, que