Por que vivemos
Por que desprendemos energia, todos os dias, em tarefas árduas e laboriosas, se a tendência de todo corpo é não gastar energia? Em outras palavras: por que vivemos, e por que queremos viver? Por que somos movidos por impulsos, desejos e vontades e por que sentimos tudo isso? A explicação está na biossinalização e seus efeitos, em especial, no nosso cérebro: os neurotransmissores.
A melhor forma de compreender o porquê da existência, formação e constante manutenção (reprodução) de seres complexos que agem contra o princípio da entropia, é tentar entender a sua gênese: qual o primeiro ser vivo, e de que forma ele se desenvolveu e diversificou-se, dando origem a nós, seres humanos. Para isso, é preciso que haja, antes de tudo, a aceitação dos conceitos básicos de evolução, na qual a teoria proposta a seguir será fundamentada, assim como a hipótese de Oparin e Haldane.
Teoria da máquina primordial
Dado o título acima e a citação à hipótese de origem dos seres vivos comentada previamente, é fácil concluir que o objetivo aqui é fazer a comparação e análise dos coacervados (aglomerado de moléculas proteicas envolvidas por água em sua forma mais simples), como pequenas máquinas primordiais, que deram origem aos seres complexos atuais.
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Dado isso como certo (ou pelo menos provável), resta apenas analisar as características gerais da transdução de sinais, conceito básico da biossinalização. Esse conhecimento, aliado à teoria da máquina primordial e os conceitos de evolução, nos permite compreender de que forma uma única célula bacteriana, por exemplo, poderia se integrar a outras, semelhantes ou não, para formar estruturas mais complexas às quais denominamos seres multicelulares. Assim, efeitos e fenômenos aparentemente confusos sob os quais dependemos para viver, poderão ser compreendidos como a reação em cascata de uma simples evolução e desenvolvimento de processos simples e maquinários presentes nos primeiros seres vivos existentes. Não