Por que ler?
De início, o autor Ezequiel Theodoro deixa claro que irá discorrer sobre os seus próprios motivos de leituras, dentro do seu cotidiano de vida, evitando assim teorias acadêmicas, para deixar a discussão mais íntima e propícia ao debate.
Basicamente, para o autor há três categorias de leituras: informação, conhecimento e prazer estético.
A leitura de informação atualiza o leitor sobre os acontecimentos do cotidiano e transforma o mesmo para que tenha uma posição crítica diante dos fatos.
A leitura de conhecimento está relacionada com pesquisas e estudos constantes, principalmente na área de atuação do profissional.
E por fim a leitura de prazer estético, que conduz o leitor ao gosto pela arte e desperta sua consciência para conhecimentos diversos.
Na escola, o tipo de leitura de prazer estético, é o mais prejudicado, pois é apresentado aos alunos como obrigação para cumprir o conteúdo programático.
Estes três motivos básicos de leitura estão relacionados com o ato de ler, quando retomamos Paulo Freire, pois para este a leitura de mundo (contexto) precede a leitura da palavra (texto), desenvolvendo assim a consciência crítica do leitor.
Embora todos tenham dentro de si capacidade de ler e compreender qualquer tipo de leitura, as diferenças e injustiças presentes na nossa sociedade, não desenvolvem essa capacidade.
Citando Monteiro Lobato, grande escritor brasileiro, “um país se forja com homens e livros”. Quando ele disse isso, certamente não esperava que após tantos anos nossa sociedade continuasse com a mesma visão apequenada diante da cultura e educação: não como meio de transformação social, mas apenas como forma de “matar paulatinamente os